A declaração de Eike Batista sobre uma possível paralização das operações da MMX em Corumbá (MS) incitou algumas discussões em Mato Grosso do Sul.
O mar não está para peixe e todo mundo sabe disso. Efeito da crise financeira mundial ou não, os metálicos desvalorizaram mais de 50% desde maio deste ano.
Em Minas Gerais, maior produtor de ferro gusa do Brasil, mais da metade das siderúrgicas estão paralizadas. Algumas demitindo, outras em férias coletivas.
Sumiram os clientes. Sumiram os compradores de gusa. E aí, vem o efeito bola de neve.
Sem ter para quem vender, os produtores de carvão vegetal também fazem o mesmo, paralizam.
Aliás, o preço do carvão também despencou. Há dois meses atrás, o metro cúbico era comercializado até R$ 220, hoje, mal alcança metade desse valor.
Mas voltando ao assunto. A decisão de paralizar as atividades em Mato Grosso do Sul, pode ser apenas uma estratégia da MMX a exemplo de empresas mineiras diante da retração do mercado.
Por outro lado, como a própria MMX declarou hoje em nota à imprensa, suspender temporariamente as atividades pode ser uma possibilidade caso a empresa entenda que a questão do fornecimento de carvão vegetal esteja prejudicando seu projeto de desenvolvimento sustentável no Estado.
Outras hipóteses são especulações. Existem aqueles que afirmam que a siderúrgica está sendo vendida, outros acreditam que a MMX simplesmente prefere eliminar o "problema" que pode impactar em outros negócios do grupo EBX.
Eu, sinceramente, acredito que não vai faltar carvão vegetal para nenhuma das siderúrgicas instaladas em Mato Grosso do Sul. Pelo contrário, vai até sobrar.
Por enquanto é hora de esperar a recuperação do mercado, a superação da crise com redução de custos e boa gestão.
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